O curso de Agronomia da FAI Faculdades através dos grupos de pesquisa, coordenados pelos professores Neuri Antônio Feldmann, Fabiana Raquel Muhl e Anderson Clayton Rhoden vem dando sequência a uma série de experimentos com a cultura da aveia. O início desta pesquisa ocorreu no ano de 2013, quando a FAI Faculdades passou a fazer parte de um grupo nacional de pesquisa, avaliando vários genótipos de aveia branca (Avena sativa) e aveia preta (Avena strigosa) oriundas de diversas instituições de pesquisa do sul do país, com objetivo de avaliar a produção de forragem e cobertura de solo.

Desde então, o curso de Agronomia tem participado das Reuniões Técnicas de Aveia, oportunizando aos acadêmicos envolvidos no projeto, apresentações e publicações dos resultados na forma de artigos científicos.

No último ano (2015) foram realizados experimentos na propriedade do acadêmico Rogério Klein no município de Itapiranga e Marcos Paulo Zambiazi em Belmonte, onde em parceria com a Comissão Brasileira de Pesquisa em Aveia foram avaliados 10 genótipos de aveia branca e preta, com o objetivo de recomendar os melhores genótipos quanto ao potencial forrageiro (número de cortes e biomassa produzida) e cobertura de solo (biomassa produzida) além da resistência a doenças. A partir destas avaliações busca-se identificar genótipos que apresentam melhor adaptação a nossa região.

A cultura da aveia tem grande importância agropecuária por apresentar boa resistência à seca, baixa incidência de pragas e doenças, boa resposta a adubação e alta produção de forragem, grãos e matéria seca, contendo bons teores de proteína, FDN e digestibilidade. É utilizada na confecção de feno, silagem e forragem, utilizados na alimentação de bovinos de corte e leite, com grande importância em nossa região, principalmente para produção leiteira.

Os experimentos foram conduzidos em condições de campo, sendo as variáveis avaliadas, hábito de crescimento, produção de biomassa seca por corte e total e número total de cortes, através do corte manual de duas amostras aleatórias por parcela, com área útil de 0,25 m² cada. A avaliação de hábito de crescimento foi realizada entre 20 e 30 DAE (dias após a emergência). O primeiro corte realizado quando as plantas atingiram 20 a 25 cm de estatura, deixando um resíduo de 6 a 8 cm. Os demais cortes foram realizados quando as plantas atingiram 30 a 35 cm de estatura, com resíduo de 7 a 10 cm. O último corte foi realizado quando até 50 % das plantas estavam em pré-florescimento (emborrachamento).

No município de Belmonte destacou-se com maior produção de biomassa para genótipo de Aveia comum 01 com produção de 3.426,65 kg ha^-1, não diferindo da Aveia comum 02, IPR Suprema, UPFA 21 Moreninha e IAPAR 61 (Ibiporã). No município de Itapiranga destacou-se com maior produção de biomassa o genótipo de Aveia comum 02, com produção de 5.217,40 kg ha^-1, não diferindo da Aveia comum 01 e IPR Suprema. Os resultados destas pesquisas foram publicados pelos acadêmicos de Agronomia da FAI na XXXVI Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia em Pelotas/RS, e seguem em forma resumida.

Em 2015 além das publicações dos resultados da pesquisa, os acadêmicos de curso de agronomia, também participaram da XXXV Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Aveia em Porto Alegre/RS.

O curso de Agronomia da FAI Faculdades tem se destacado no Oeste de Santa Catarina, por estar envolvida na pesquisa da avaliação do potencial forrageiro de aveia, sendo de fundamental importância, pois a região tem vocação na atividade da bovinocultura leiteira, atividade esta extremamente dependente da produção de volumoso em quantidade de qualidade.

De acordo com a coordenação do curso, estas atividades desenvolvidas fazem parte de um objetivo maior, que visa aproximar o curso das necessidades da população, visando promover o desenvolvimento local e regional, principalmente ligados a atividade agropecuária, onde a FAI Faculdades tem papel importante na transferência de conhecimento prático ao produtor.