FAI - Faculdades de Itapiranga

NOTÍCIAS

Na última semana um grupo de acadêmicos e professores do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAI Faculdades esteve fazendo roteiro de visitas a Minas Gerais e Brasília a fim de conhecerem a arquitetura e os pontos turísticos da região. De acordo com o coordenador do curso, professor André Debarba, o grupo percorreu mais de quatro mil quilômetros em seis dias de viagem.

Para o professor André, “a viagem de estudos contribui diretamente com a formação acadêmica dos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, uma vez que faz-se um resgate histórico da arquitetura de Minas Gerais, para depois compreender o modernismo presente na construção de Brasília. A viagem proporciona não apenas a compreensão arquitetônica, mas também a compreensão de um processo histórico da urbanização do Brasil, levando em consideração os aspectos econômicos, sociais e ambientais”.

A saída de Itapiranga foi na madrugada de segunda-feira (15/08) retornando a cidade na noite de sábado (20/08).

Por Edilene Eich

16/08/2016

Chegamos pela manhã na cidade histórica de São João del Rei, em Minas Gerais, onde iniciamos a visita ao que chamam de Sociedade Colonial, a qual era formada e habitada por índios e escravos negros, comandados por brancos abastados, que trabalhavam nas minas de ouro e na construção das diversas igrejas visitadas. As visitas foram acompanhadas por um guia com explicações históricas em cada local. Visitamos à Igreja de São Francisco de Assis, à Igreja Nossa Senhora do Rosário, Igreja Nossa Senhora do Carmo, à Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, ambas localizadas no entorno de diversas construções, sobrados, museus e solares que demonstram a estrutura arquitetônica e cultura da época.

Conhecemos também o Museu Ferroviário e após seguimos viagem para a cidade vizinha, Tiradentes (MG), onde foi visitada a Casa da Câmara, igrejas, a história de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que fez história na época. Conhecemos o Museu Padre Toledo, as ladeiras, rua da Câmara, que representam exatamente as obras magníficas feitas no passado, e que hoje podem ser estudadas pelos futuros arquitetos, inspirando-os.

Após, seguiu-se viagem para Congonhas (MG), famosa cidade da arte barroca, onde foi visitado o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos com os famosos profetas de Aleijadinho, obra que foi eleita a imagem de Minas, em um concurso de TV. O conjunto das obras do Aleijadinho é um verdadeiro museu a céu aberto, os 12 profetas feitos em pedra sabão, as 66 imagens em cedro abrigadas em seis capelas da cidade, fazem de Congonhas um patrimônio mundial da arte barroca. Ao final desse deslumbre histórico, seguimos viagem à capital mineira, Belo Horizonte, para hospedagem.

17/08/2016

No segundo dia de visitações, saímos de Belo Horizonte para a cidade de Ouro Preto (MG), considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela história e pelos monumentos preservados. A primeira visita foi a uma mina de ouro desativada, aberta para visitação, que conta a história do trabalho escravo da época, Igreja de São Francisco de Assis, com vista de toda cidade, de sua estrutura antiga e cheia de história.

A próxima cidade visitada, é Mariana (MG), considerada o berço da civilização cristã e da educação de Minas Gerais e foi uma das únicas cidades mineiras a ter o seu traçado planejado. Ali, passamos por ladeiras, Igrejas históricas, como a de São Francisco de Assis, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, lado a lado construídas, formam um conjunto arquitetônico colonial não visto em outras cidades mineiras; no mesmo conjunto fica também a casa da Câmara que hoje é um museu. Passamos por Casarios Coloniais, a Praça Tiradentes e a Catedral Basílica da Sé. No final do dia, de volta a Belo Horizonte, a viagem segue para conhecer a Igreja São Francisco de Assis, na Lagoa da Pampulha, monumento projetado por Oscar Niemeyer, artista amplamente estudado pelos acadêmicos. Com um belo pôr do sol na Pampulha, a viagem segue para a capital do país, Brasília, para dar sequência e vislumbrar novos parâmetros arquitetônicos, e conhecer outra época da história da arquitetura, essencial aos acadêmicos.

18/08/2016

Chegada pela manhã em Brasília (DF), com acompanhamento de guia local, a visita à Brasília, cidade inaugurada em 1960, por determinação do presidente Juscelino Kubitschek, projeto do urbanista Lúcio Costa e do Arquiteto Oscar Niemeyer, é considerada uma das grandes obras do século XX e foi considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, em 1987.

As primeiras estruturas visitadas foram a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, um dos edifícios mais impressionantes do arquiteto Oscar Niemeyer, com um conjunto de 16 perfis curvos unidos no topo, no interior, pendidos por cabos de aço dos anjos Miguel, Gabriel e Rafael, vitrais coloridos de Marienne Peretti e um painel de cerâmica de Athos Bulcão e 15 telas do pintor brasileiro Di Cavalcanti.

Na sequência, a Praça dos Três Poderes, idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, é um dos pontos turísticos mais visitados em Brasília. A praça integra o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, o supremo Tribunal Federal, o espaço cultura Lúcio Costa, o Museu da Cidade e o Panteão da Pátria. Além de podermos conhecer as obras ali expostas, de Bruno Giorgi “os guerreiros”, o Marco Brasília, a pira da Pátria e o mastro da Bandeira Nacional, que mede mais de 100 metros de altura. A explanada dos ministérios, por esse mesmo ângulo vista, abriga os 17 centros ministrais padronizados. Com as instruções da guia turística, seguimos o roteiro de visitação aos Palácios do Jaburu e da Alvorada, residências oficiais do Vice-presidente e Presidente da República. O palácio da Alvorada também foi desenhado por Niemeyer e foi a primeira grande obra da nova capital brasileira, com uma complexa geometria que revela uma articulação entre planos curvos, com modelação constante de dez metros para todos os vãos.

Durante o trajeto, passamos pela ponte JK, eleita a ponte mais bonita do mundo, pela sociedade de Engenharia da Pennsylvania, EUA. Ali também visualizamos o Lago Paranoá, um lago artificial formados pelas águas do Rio Paranoá que possui 40 km de extensão.

Em toda a cidade de Brasília é possível ver monumentos, obras arquitetônicas, obras artísticas e históricas que constroem todo esse grande planejamento urbano, pelos acadêmicos amplamente estudados em sala de aula. Aleatório, passamos pelo Santuário Dom Bosco, pelo Palácio da Justiça, Palácio Itamaraty, Forte Caxias, Praça dos Cristais e visita interna ao Memorial JK, estrutura construída para guardar a história e a arte existentes na época em que o presidente presidiu a capital brasileira.

Ficamos hospedados num hotel da cidade

19/08/2016

Após o café da manhã, saída do hotel, onde acompanhados de guia local, passamos pelas embaixadas de diversos países; passagem pelo Forte de Brasília, com vista de toda cidade e de espaços de lazer, no entorno do Lago Paranoá. Com hora marcada no Congresso Nacional, a visita a sede do poder Legislativo Federal destaca-se pelas duas cúpulas que representam os plenários, a cúpula côncava, abriga o Senado Federal e a convexa o Câmara dos Deputados, fruto de ousadia arquitetônica de Oscar Niemeyer e do calculista Joaquim Cardoso, possui em seu interior obras de vários artistas brasileiros e conta a história política nacional, em espaços e retratos.

Na parte da tarde, pudemos ver toda a cidade de Brasília e seu planejamento através do ponto mais alto do plano piloto estrutural da cidade, a Torre de Televisão. A torre é um projeto do Urbanista Lúcio Costa e foi inaugurada em 1967 e tem 224m de altura. Posteriormente, já retornando, passamos pelo museu Catetinho, primeira residência e local de trabalho de JK, enquanto os edifícios no centro de Brasília eram construídos. Feito em madeira, hoje abriga um museu e estrutura como a de antigamente, contribuindo para a preservação histórica e cultural do presidente Juscelino. Assim, após muito aprendizado, inspiração e validação de conceitos antes estudados em sala de aula, aconteceu o retorno a cidade de Itapiranga.

Depoimentos

Gracielle Rodrigues da Fonseca Rech - professora do curso

A viagem de estudo é relevante para que os acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo adquiram referência arquitetônica e estudos de casos para o aumento do seu conhecimento criando um contexto de aprendizagem ativa. Para o acadêmico, é uma experiência fundamental para a compreensão dos conceitos trabalhados nas disciplinas de um modo concreto e real. Acredito ser extremamente prazeroso aprender arquitetura vendo e sentindo a atmosfera estética e a escala do lugar. Além disso, entendo que esta viagem de estudos foi de grande importância, pois trouxe vivências únicas, novos olhares para a arquitetura, dando um novo embasamento sobre os projetos e despertando a criatividade.

Depoimento Júlia Giehl Eidt – acadêmica do 7º semestre de Arquitetura e Urbanismo

Foi uma experiência incrível, nós como estudantes do curso de arquitetura, que estudamos ao longo de toda graduação, a importância da preservação dos patrimônios históricos, poder conhecer as obras do mestre Aleijadinho, clássicos do barroco, visitar os centros históricos de Minas Gerais, mostra o sentido de estudar toda a história da arte e da arquitetura. Da mesma forma, poder conhecer de perto a outra face da arquitetura, a cidade de Brasília, planejada por Lucio Costa e Juscelino Kubitschek, e modelada por Oscar Niemeyer, ícones da história da arquitetura brasileira, podendo assim visitar esses espaços e nos encantar com a arquitetura ali exposta. O passeio me trouxe mais do que conhecimento acadêmico, deu a oportunidade de conhecer mais sobre essas distintas culturas, degustar das gastronomias típicas, bem como fortalecer os laços de amizade e o relacionamento entre os alunos e professores. Fica meu agradecimento a Instituição pela oportunidade, aos professores, amigos e colegas pela semana intensa que tivemos, com a certeza de uma bagagem de volta ainda mais cheia de boas recordações e levo também comigo a certeza de ter escolhido o curso certo para minha carreira.

William Carlos Groth de Oliveira – acadêmico do 7º semestre de Arquitetura e Urbanismo

Primeiramente gostaria de agradecer ao curso de Arquitetura e Urbanismo e aos professores em geral pela oportunidade de conhecer e visualizar as obras, antes ensinadas em sala de aula, que hoje verificamos e analisamos pessoalmente com grande satisfação. Conhecer as épocas da arte da História da Arte e relacionar as obras vistas, como igrejas, espaços, museus e residências que remetem a todas as fases culturais do nosso país. O que eu achei muito interessante, foram as minas de exploração de ouro e minérios, onde, de acordo com os guias locais, meninos de oito oito anos já eram escravizados, e tinham que trabalhar por toda sua vida, nessas minas, em situações insalubres e desumanas. Ver esses espaços, esses modos de trabalho e como isso ainda faz parte da estrutura e da vida das cidades, como reflexo daquela época. Poder, em outro ângulo, conhecer em uma mesma cidade, como é o caso de Brasília, abranger e conhecer várias obras de arquitetos famosos que são passados para nós como grandes nomes e revolucionários. Verificamos como sendo umas das poucas cidades brasileiras planejadas e arquitetadas estrutural e organizacionalmente.

Gean Carlo Barth – acadêmico do 6º semestre de Arquitetura e Urbanismo

Acredito que a experiência serviu para engrandecer ainda mais nosso conhecimento acerca do que vem a ser arquitetura. O que nos é passado em sala de aula pôde ser observado de outra maneira, revelando a magnitude e beleza da história planejada e construída. Minas Gerais nos foi apresentada através da arquitetura colonial presente em seus vilarejos e belas igrejas, que levam o traço e estilo de um dos principais nomes da arte brasileira, mestre Aleijadinho. Já Brasília, cidade idealizada por Lucio Costa, é enfeitada pelas obras primas da referência arquitetônica, Oscar Niemeyer, embeleza o ambiente com seus edifícios que não apresentam certo padrão, mas sim, transmitem o mesmo sentimento, a gratificação de viver a arquitetura. Gostaria de agradecer a FAI Faculdades e o curso de Arquitetura e Urbanismo pela oportunidade de enriquecer o nosso conhecimento, além da integração entre acadêmicos e professores, melhorando o processo de ensino aprendizagem. Essa experiência serviu principalmente para fortalecer nosso interesse, dando-nos a certeza de ter feito a escolha certa.

Leandro Kroetz- acadêmico do 2º semestre de Arquitetura e Urbanismo

Apesar de não possuir grandes conhecimentos no que diz respeito às obras visitadas, a viajem do Curso rendeu novas experiências e uma maneira mais nobre de pensar como a sociedade e a construção se comunicavam, além de conhecer uma breve história da Arquitetura num cenário nacional, conceitos e partidos envolvidos, características marcadas pela funcionalidade e pela cultura centralizada nos edifícios visitados.

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